MÓDULO II - DISCIPLINA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Eu e a Educação Ambiental
Considerando que a Educação Ambiental está centrada em diversos temas geradores que são preocupantes para a sociedade e, nós como educadores, não podemos deixar passar estas oportunidades para enriquecer tais discussões. Chamou-me a atenção do trecho "do repertório da cultura da sustentabilidade em suas múltiplas dimensões, considerando as práticas sociais, as relações produtivas, doutrinas políticas ideológicas e condições socioeconômicas e culturais". Então, vejo que toda a história onde cita os problemas ambientais, pode ser um assunto que abordado é de poucas décadas atrás, mas entendo que os problemas ambientais têm histórias já nos tempos dos descobrimentos. Para a Educação, pode ser um fato novo por levanta-se a questão devido às conseqüências que estamos vivendo. O grande problema, é que os grandes interesses econômicos na época não valorizavam essa discussão, muito menos a coragem de denunciar as ações que destruíam nosso Meio Ambiente. Era fácil fazer o nosso Pau Brasil, o Ipê, o Carvalho, a Araucária entre tantas espécies tombar no chão apenas pela ganância esquecendo dos principais éticos que norteia a cabeça de cada individuo que tem consciência ambiental.
E a Revolução Verde então? Que devemos refletir sobre ela? É verdade que o Brasil cresceu economicamente, tornando um dos maiores produtores de grãos do mundo. Mas estes produtores não levaram em conta do estrago que estavam fazendo com o nosso solo, tudo com a imposição das multinacionais com interesse da fatia do lucro ser maior. A ganância por produzir e o enriquecimento é tamanha que até o próprio produtor acabou se contaminando tanto no seu organismo como em seus princípios éticos no que diz respeito aos olhos de uma propriedade rural perdendo assim a valorização do imóvel deste produtor, ocasionando às vezes o êxodo rural, entendendo que "nesta terra não se produz mais nada, tenho que ir para a cidade".
Entendo que em determinados momentos, fica difícil às vezes trabalhar na Educação a questão Ambiental, inserindo nossas crianças para resgatar a causa ambiental. Mas é o caminho que devemos seguir, mesmo com as contradições. Porém alguns questionamentos. Como podemos conscientizar nossos pequenos e futuros ambientalistas se a estrutura agrícola ensina seus pais (produtores rurais), em regiões agrícolas o avanço da tecnologia para produzir mais através do uso de dessecantes, herbicidas, adubos químicos, desmatamentos enfim, uma bomba para o meio ambiente e um lucro para os gananciosos donos das multinacionais. A criança passa ser quase despercebida nesse contexto, pois aprende na escola e como vai mudar a opinião de quem já se acostumou com esse sistema? Ela passa ser a mensageira de uma solução que poderia ser viável para o Meio Ambiente, mas é interpretada as vezes apenas como se fosse mais um conteúdo de sala de aula aplicado pelo professor. Cito uma experiência própria. Sou apicultor em uma pequena propriedade, que na década de 80, realizava a colheita de mel em três etapas no ano e a partir de 1998, a produção de mel ficou reduzida em duas etapas, isso se não ocorrer mudanças climáticas. E por que houve esta mudança? Com a retomada das lavouras de soja, a aplicação de dessecantes no solo, as aplicações de herbicidas e inseticidas acabaram terminando com grande parte dos apiários, floradas sem contar com o avanço do desmatamento de nossas matas nativas. Tenho uma grande esperança que os movimentos sociais, as ONGs, os sindicatos de classes, as escolas, as instituições ambientais possam ser os "sujeitos de verdade, sem o discurso, a falácia, pois disso já estamos cheios e que não nos levam "ao nada", faça valer seus posicionamentos, buscando o verdadeiro exercício da cidadania, aplicando suas práticas ambientais voltadas para os olhos de todo o mundo que já está cansado de ver sofrer tanta agressão na terra que nascemos na terra que nos alimentamos e na terra que um dia entregaremos nosso corpo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário