sexta-feira, 9 de setembro de 2011

"Olhares sobre o em torno/ entorno": a ação dialógica como princípio de pesquisa

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
PÓLO UNIVERSITÁRIO DE HERVAL
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO


Acadêmico: Darcy Sérgio Machado Ferreira
Semestre: 2°
Professores: Adriano de Oliveira
                       Edgar Ávila Gandra
                       Rose Adriana Andrade de Miranda

Arroio Grande, terra de pessoas ilustres como Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá. Nascido nos pampas do Arroio Grande, ficando órfão ainda menino. Levado por seus tios para o Rio de Janeiro, onde estudou, trabalhou no comércio tornando-se um homem com o espírito empreendedor em suas realizações voltadas para a economia, obtendo sucesso em seus empreendimentos.
Partiu para a vida administrativa em que fundou bancos, construiu estradas de ferro, ficando conhecido mundialmente como pioneiro no empreendedorismo.
Entre tantos ilustres, não posso deixar de falar no Basílio Conceição, um cancioneiro de festivais nativistas, que mesmo tragicamente tenha partido do nosso convívio, suas canções ainda estão na lembrança do povo arroio-grandense. Ainda seriam poucos para falar, temos Herculano de Freitas, Dionísio de Magalhães, Consuriá de Araújo, Aimone Soares Carriconde, Aimoré Soares Carriconde, Mário Luiz Corrêa, Nadir Horner, Padre Neves, entre outros.

Visconde de Mauá

Visconde de Mauá na inauguração da Linha Férrea

Basílio Conceição

Padre Neves

Doutor Dionísio de Magalhães

Instituto Estadual de Educação que leva o nome de Aimone Soares Carriconde



O território de Arroio Grande, com suas terras férteis, sendo parte delas planícies, outra parte serras (próprias para o plantio de soja, milho, feijão, trigo e batata), além das jazidas de calcário (hoje desativadas), e o florestamento (celulose) são importantes fontes econômicas para o município.
Já na irrigação o município dispõe para a orizicultura de grande potencial hídrico, com a finalidade de suprir as lavouras de arroz. Está localizada no município a Barragem do Chasqueiro, administrada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Também possui grande capitação de água nos arroios que abastecem milhares de hectares na irrigação da lavoura do arroz, e dispõe de inúmeros açudes que além do abastecimento de água para as lavouras, oferecem aos visitantes, momentos de lazer com boas pescarias para quem quer tirar um bom descanso de final de semana.


Barragem do Chasqueiro

Barragem do Chasqueiro

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Museu Imaginário

UNIVERSIDADE  FEDERAL  DE  PELOTAS 

PÓLO  HERVAL

 MEMÓRIAS    DE  UM  EDUCADOR
                       
ACADÊMICO DARCY  SÉRGIO  MACHADO  FERREIRA

 
               Se  fizer  planos  para um  ano,  plante  uma semente;
               Se  fizer  planos  para  dez  anos,  plante  uma  árvore;
               Se  fizer  planos  para  cem  anos,    “Educação  ao  Povo”.


                                                                                     Kuan Chung

                                                                

 
         Nunca  é  tarde  para  alcançar nossos objetivos,  sonhos,  realizações  na vida. Basta  usar a  humildade  e  vontade para   vencer  sem prejudicar  o  nosso próximo.
         Filho  de  família de    pequenos  agricultores   com   seis  irmãos,  entre  os quais,  fui  o    único  a   seguir  a carreira da  avó  materna  que  era  professora  no  meio  rural,  em  uma  escola  localizada no distrito  de  Pedreiras,  no  município de  Arroio  Grande. Os  relatos   de  acordo  com  minha  mãe   e  alguns  que  foram  alunos  naquela  época  consta que  foi  pelos anos  na  década de  1930. Ainda  são  escassos  as    informações  sobre  a  educadora Adelaide  Branca  de  Araújo   Teixeira  Machado,  minha  avó.
         Meus  pais,  Otílio Cypriano  Amaral  Ferreira  e  Zilah  Machado  Ferreira    adquiriram   uma fração  de  terras    no  distrito  de  Matarazzo,  município  de  Pedro  Osório,  recentemente  desmembrado    do  município  de  Arroio  Grande.        Para  estudar,  eu    e  meu  irmão  caçula,  tínhamos  que  andar  esta  distância    as  vezes  de  pés  descalços   até  a escola,  pois  as nossas  rendas  eram    adquiridas  com  dificuldades. Meus  pais  tinham  como  fonte  de  renda,  a  venda  de  animais,  alguma  quitanda,  das  quais  tínhamos  uma  enorme  horta que  eu e  meu  irmão  caçula   abastecíamos   a  vila  com  legumes,  frango  caipira,  ovos,  etc.                                             
         Na  década  de  1960,  pouco  se  falava  em  agricultura familiar,  mas  se  produzia  para  o  sustento  da  família,  que  geralmente   eram  numerosas. Os  filhos  eram  desmembrados  da família    após  o  casamento   ou  quando  tinham  a  possibilidade  de  uma   melhor   formação  através  dos  estudos.
Um  pouco  de  minha  infância. Fui  alfabetizado  com  o  auxílio  de  minha mãe e  na Escola  Estadual  de  Ensino  Fundamental  Conde  Francisco  Matarazzo,  no  Distrito  de  Matarazzo. Esta escola  na época abrigava  um  número expressivo  de  alunos,  filhos  de  operários  que  chegavam   para  trabalhar  na  mineração  de  calcário, fonte  econômica  da empresa   Matarazzo na  localidade  onde  houve  um  avanço  econômico  para  o  município  de  Pedro  Osório.
         O  local  onde  vivi   a minha  infância,  era   retirado   aproximadamente   três  quilômetros    da  vila. Esta vila tinha  um  conjunto  habitacional  para os  operários  que  trabalhavam  na  mineração. Tinha  estação  rodoviária,  armazém,  padaria,  farmácia,  salão de  festas,  campo de  futebol,  igreja, cancha  de  carreiras  e  até  um  cemitério.                 
         Com   o  falecimento de  nosso pai  em  1976,  continuamos no  meio  rural  acompanhando  nossa  mãe  e  realizando  atividades  na terra para o  sustento  da  família  e  alguns  dos  irmãos  ainda  estão  com  atividades  agrícolas   nesta localidade (2011).
         Concluída  a  sexta  série nesta escola,  tive  a amarga experiência  de  abandonar  os  estudos,   após  inúmeros  esforços de  minha mãe  em  conseguir  um  local na  cidade  para  morar e  continuar  estudando,  sendo  para mim,  uma  grande  decepção.
         Ao  concluir  o  Serviço  Militar,  voltei  para  o  meio  rural  acompanhar  minha mãe  e  irmão,  retornando  para  a  cidade no  ano  de  1985,   trabalhando  em  uma  cooperativa  de  laticínios,  dando continuidade  aos  meus  estudos  concluindo  o  Ensino  Fundamental  e  o  Curso  Técnico  em  Contabilidade,  não  exercendo  a  função  e  optando  pelo  Magistério.
         A   idéia   deste  relato  de experiências   é  divulgar  um  pouco  de  minhas  atividades  como  educador. Minhas memórias poderiam  ser  um  trabalho  mais  amplo,  porém  o  espaço  para  postar  os  trabalhos no  AVA  não  foram  suficientes.

terça-feira, 29 de março de 2011

Escolha do Curso e minhas expectativas

          O motivo  da  escolha  do  Curso  foi  porque  eu  trabalho  na  área  da  educação  e  tenho  uma  grande  preocupaçao em  relação  as  escolas  rurais. Estão  fechando  estas  escolas e  colocando  nossas  crianças  da  zona  rural  em  escolas  urbanas  nas  cidades. Acredito  que  em  pouco  tempo,  o  meio  rural    ficará  sem  crianças,  correndo  o  risco  de  perder  seus  costumes,  sua  cultura  ocasionando  o  êxodo  rural.Portanto ,  minhas  expectativas  sobre o  Curso  de  Licenciatura na Educação  do  Campo  é  das  melhores ,  quero  aprimorar  cada  vez  mais  os meus  conhecimentos  voltados  para a  educação  no  meio  rural.      

Educação e Comunicação antes e agora

          De  acordo  com  os  relatos  de  pessoas  idosas  que  presenciaram  a  Educaçao  dos  anos 50 ( aproximado )  e  a  educação  atual,  posso  afirmar  houve  evolução. Naquela  época,  os  pais  apropriavam  dos meios  que  facilitasse  a  interpretação  para  as  pessoas  que tivessem  o  interesse ou  acesso  para estudar.
         A  Educação  baseava  em  fontes  de  recursos  em  que  os  grupos  sentiam  a  necessidade  para  se  comunicar  como  o  rádio,  o  telégrafo,  o  mensageiro etc.
         As  crianças  tinham  restrito  acesso a  escola,  principalmente  na  zona  ruarl. Mesmo  sabendo  que  para  os  pais  não  era  de  grande  interesse  colocar  suas  crianças  na  escola,  pois  achavam  que  era  mais  importante  o  trabalho ( as  vezes braçal ),  do  que  perder  três  a  quatro  horas  de  aula.
        Além  do  posicionamento  dos  pais que  eram  categóricos  em  não  promover  o  acesso  a  escola,  seus  filhos  tinham  a  dificuldade  em chegar  até  a  escola,  pois  não existia  o  transporte  escolar  nem  a infra-estrutura , eram  extremamente  precários. Esta consequencia  deixou  grandes  sequelas,  pois  nos  dias  de  hoje,  os  pais  justificam  as  dificuldades, tornando-se  cúmplices  das  necessidades   que passaram. As  famílias  eram  numerosas,  existia  falta  de   recursos  financeiros  e  só   quem  podia  ter  o  acesso a uma  educação  de  qualidade, era  encaminhado  para os  grandes  centros  educacionais em  cidades  maiores.
        Hoje  podemos afirmar  que  a  educação  está  voltada para  todos  os  níveis.Mesmo  sabendo  que  há  escolas  com  problemas,  transporte precário,desvio  de  recursos e  mesmo  assim  a educação  avançou.
        Esses avanços ,  baseados  na  nova  LDB,  abriu  espaços  para  o  conhecimento  em  diversos  pontos  como  as  etnias,  inclusão, educação  indigena,  vem  ao  encontro  do  conhecimento sem  que  a  criança  perca suas  raízes,  cultura e  não  deixe  o  seu  chão. Não  podemos  inverter  os  parametros  educacionais  aplicando  os  ensinamentos  de  uma  região   urbana  para  uam  região  rural.. Isso comprometeria  a  comunicação  e  a  educação  nos  dias  atuais.
       É  claro  que  a tecnologia também  avança  para  o  meio  rural, ao  contrário  da  educação  dos  anos  50. Só  tem  a  contribuir  para  a nossa criança  do  campo  em  fortalecer  seus  conhecimentos e  mantre-se  na  zona  rural.  

Um pouco da história onde vivo

           Moro  na  cidade  de  Arroio Grande,  cidade que  escolhi  para traballhar  e  concluir  meus  estudos.
           O bairro  onde  moro,  posso  afirmar  que  tem  uma  infra-estrutura  quase  perfeita. Possui  uma  escola,  um  mercado,  uma  quadra  esportiva  para  os  moradores,  posto  de  saúde,  associação  de  bairro e  um  bom   acesso  para  os   demais  bairros  da  cidade. Pouco  se  sabe  sobre  violência  no  bairro.
           Observo  que  nos  ultimos 20  anos,   onde  era  campo  para  os  animais,  hoje  está  cortado  por  ruas,  casas,  jardins  etc.
           Acredito  que  a  expanção  do  bairro  se  deve  a   chegada  de  familias  que  se  deslocam  do  interior   em  busca  de  estudo,  trabalho  para  seus filhos,  assim  como  fiz  em  1995. Deixei  o  interior  para conquistar  novos  espaços.   

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Minhas expectativas quanto ao Curso Licenciatura Educação no Campo

           Assistimos   constantes  mudanças  na  área  da  Educação. Sou  professor e  sempre  trabalhei  em  escolas  rurais. Nesse  sentido  quero  através  deste  curso,  uma  melhor  preparação  para  o  exercício  no  campo  de  trabalho. De  acordo  com  minha  vivência  em  sala  de  aula,  cursos,  seminários,  é  de  consenso  a preocupação  dos  profissionais  na  educação  quanto   a  Educação  voltada  para  o  campo,  que  as  vezes  se  confunde  com  os  métodos  das  escolas  urbanas. Espero  que  as   Disciplinas  do  Curso  Licenciatura  em  Educação  no  Campo   possa  aprimorar  cada  vez  mais  minha  formação   fazendo  que  os  educandos  busquem  um  interesse  maior  em  estudar  nas   comunidades  rurais,  valorizando  o  meio  rural  evitando  assim  o  êxodo  rural.
           Acho  interessante  a  iniciativa  do  Ministério  da  Educação  juntamente  com  a  Universidade  Federal  de  Pelotas  promover  esta  oportunidade  para  quem  realmente  tem  a  preocupação  com  a  Educação  Rural,  tanto  esquecida  nos  nossos  rincões  do  Brasil. Dessa  forma  nunca  é  tarde  procurar  o  encontro  com  o  conhecimento ( professores, colegas, trocas  de  experiências ),  fazendo  com  que  minha  formação  tenha  bons  resultados  em  minha  área  profissional.
    

Atividade

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